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ANO XIV - Agosto de 2013

CIDADE - IGARASSU


Fernando Melo: “É possível uma cidade sustentável”

Fernando Melo: luta pela cultura e pelo meio ambiente
O professor de História Fernando Melo vem se destacando na cidade de Igarassu como um dos maiores expoentes nas áreas de cultura e meio ambiente. Sua atuação nestas duas frentes vem despertando o respeito e admiração da sociedade igarassuense.
Na área de cultura, Melo dirige a Biblioteca Pública Municipal de Igarassu, foi o idealizador da Academia Igarassuense de Cultura e Letras e exerceu a presidência do Instituto Histórico e Geográfico de Igarassu. Ele criou a Agenda Cultural de Igarassu e a Cartilha sobre Igarassu – Refletindo o Patrimônio Cultural. Melo ainda escreve uma coluna no Jornal Grande Recife desde quando o periódico se chamava Jornal de Igarassu.
Na defesa do meio ambiente, Fernando Melo é membro do colegiado da Agenda 21 em Igarassu, militante do Partido Verde e vem atuando como cidadão-repórter nos grandes jornais de Penambuco na defesa das causas ambientais. Nesta entrevista, ele relata um pouco de sua atuação.

Como você se interessou pelas causas ambientais?

Fui criado num ambiente onde havia muitas plantas e o convívio com a natureza era muito presente. Quando entrei para a faculdade de História, comecei a me aprofundar no assunto, vendo o processo de desmatamento que o Brasil sofreu ao longo da sua história. Como professor, participei de diversas ações ligadas à preservação ambiental, como caminhadas ecológicas. Depois eu comecei a militar na Agenda 21 de Igarassu.

Nossa região está passando por um processo de industrialização. Como conciliar desenvolvimento com preservação ambiental?

Acredito que é possível uma cidade sustentável, que associe uma vida saudável com a preservação do meio ambiente. Atualmente já existem modelos de desenvolvimento que permitem a convivência entre crescimento econômico, preservação ambiental e desenvolvimento social.

Como você analisa o tratamento dado à questão ambiental nos municípios do Litoral Norte?

Falta pessoas comprometidas com a preservação ambiental e a sustentabilidade nos governos municipais. As poucas ações que acontecem são paliativas, que servem mais ao marketing governamental do que à sociedade. Tenho denunciado vários crimes ambientais através da imprensa, procurando alertar as pessoas das agressões à natureza.

E na área cultural, como tem sido a sua atuação?

Nossa região tem sido um celeiro de artistas que nunca foram devidamente reconhecidos, como Baracho da Ciranda, o Velho Faceta, entre outros. Atualmente, temos uma nova geração produzindo trabalhos artísticos que precisam ser valorizados. Temos procurado, na medida do possível, promover atividades que resgatem a importância cultural da nossa terra.

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