Fernando Melo: “É possível uma cidade sustentável”
Fernando Melo: luta pela cultura e pelo meio ambiente |
O professor de História Fernando Melo vem se destacando
na cidade de Igarassu como um dos maiores expoentes nas áreas de cultura e meio
ambiente. Sua atuação nestas duas frentes vem despertando o respeito e
admiração da sociedade igarassuense.
Na área de cultura, Melo dirige a Biblioteca Pública
Municipal de Igarassu, foi o idealizador da Academia Igarassuense de Cultura e
Letras e exerceu a presidência do Instituto Histórico e Geográfico de Igarassu.
Ele criou a Agenda Cultural de Igarassu e a Cartilha sobre Igarassu –
Refletindo o Patrimônio Cultural. Melo ainda escreve uma coluna no Jornal
Grande Recife desde quando o periódico se chamava Jornal de Igarassu.
Na defesa do meio ambiente, Fernando Melo é membro do
colegiado da Agenda 21 em Igarassu, militante do Partido Verde e vem atuando
como cidadão-repórter nos grandes jornais de Penambuco na defesa das causas
ambientais. Nesta entrevista, ele relata um pouco de sua atuação.
Como você se interessou pelas causas ambientais?
Fui criado num ambiente onde havia muitas plantas e o
convívio com a natureza era muito presente. Quando entrei para a faculdade de
História, comecei a me aprofundar no assunto, vendo o processo de desmatamento
que o Brasil sofreu ao longo da sua história. Como professor, participei de
diversas ações ligadas à preservação ambiental, como caminhadas ecológicas. Depois
eu comecei a militar na Agenda 21 de Igarassu.
Nossa região está passando por um processo de
industrialização. Como conciliar desenvolvimento com preservação ambiental?
Acredito que é possível uma cidade sustentável, que
associe uma vida saudável com a preservação do meio ambiente. Atualmente já
existem modelos de desenvolvimento que permitem a convivência entre crescimento
econômico, preservação ambiental e desenvolvimento social.
Como você analisa o tratamento dado à questão ambiental nos
municípios do Litoral Norte?
Falta pessoas comprometidas com a preservação ambiental e
a sustentabilidade nos governos municipais. As poucas ações que acontecem são
paliativas, que servem mais ao marketing governamental do que à sociedade.
Tenho denunciado vários crimes ambientais através da imprensa, procurando
alertar as pessoas das agressões à natureza.
E na área cultural, como tem sido a sua atuação?
Nossa região tem sido um celeiro de artistas que nunca
foram devidamente reconhecidos, como Baracho da Ciranda, o Velho Faceta, entre
outros. Atualmente, temos uma nova geração produzindo trabalhos artísticos que
precisam ser valorizados. Temos procurado, na medida do possível, promover atividades
que resgatem a importância cultural da nossa terra.
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